Reunidos em Nova Orleans, os principais executivos da empresa garantiram que os problemas que atrapalharam os primeiros passos do Windows Vista foram solucionados e que o futuro é mais que promissor.
Tanto a Microsoft como o setor de tecnologia apostam muito no Windows 7. Há motivos para isso. Um estudo divulgado na quarta pela empresa de consultoria IDC mostrou que o lançamento do produto abrirá oportunidades de negócio de aproximadamente US$ 320 bilhões nos segmentos de hardware, software e serviços.
Apesar da crise, o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, está confiante. Para ele, o momento é de oportunidade para o setor de tecnologia da informação (TI), em geral, e para a Microsoft, em particular.
"A melhor forma de produtividade é a inovação. Ironicamente, isso significa que, hoje em dia, o valor da TI como negócio é maior do que nunca. Que indústria vai produzir essa inovação? Esta", disse Ballmer no discurso que fez ontem na conferência.
A Microsoft está convencida de que o Windows 7 é tão bom e vai interessar tanto os consumidores que decidiu lançá-lo no mesmo dia em que serão inauguradas as lojas da empresa que competirão com as da Apple, anunciou na quarta Kevin Turner, diretor de operações.
Por ora, o sistema operacional está sendo distribuído entre os fabricantes de computadores (como Dell, HP e Acer) para sua instalação nos PCs que estarão à venda nos próximos meses.
Numa entrevista à Agência Efe durante a conferência, Mike Nash, vice-presidente de Gestão do Windows, resumiu a satisfação da empresa com os resultados obtidos com as versões teste e RC (Release Candidate).
"Estou muito orgulhoso do Windows 7", afirmou Nash, sem hesitar um só segundo.
Segundo o executivo, o Windows 7 é diferente do Vista porque seus projetistas tiveram que "compreender as necessidades dos clientes e dos sócios" e "se certificar de que os aplicativos do Vista e do XP funcionariam" no novo sistema. "É nisso que estamos nos concentrando", disse.
Apesar de insistir que as pesquisas realizadas indicam que a má impressão causada pelo Vista logo após seu lançamento não corresponde à experiência real dos usuários, a Microsoft reconhece que cometeu erros, principalmente em questões de compatibilidade.
"Agora temos duas definições", declarou Nash. "A primeira é que um aplicativo é compatível quando quem o desenvolveu diz que é compatível. A segunda é que há vezes em que um aplicativo muito velho do XP não vai funcionar no Windows 7. Nosso trabalho é garantir uma nova versão desse aplicativo ou uma atualização que funcione com o Windows 7", disse.
O resultado, segundo a companhia, é que os sistemas equipados com Windows 7 funcionam da mesma maneira ou melhor que os que tinham Vista, a ponto de a nova família de microportáteis - mais conhecidos como "netbooks" - conseguir executar o novo sistema, o que não acontecia com o Vista.
Como exemplo, Nash disse que em sua casa todos os computadores, com exceção de um, há meses funcionam com as versões beta e RC do Windows 7, apesar de sua mulher ter "uma política muito severa quanto à não instalação de versões que não sejam as finais".
O que fez a mulher mudar de opinião, segundo Nash, foi a "simplicidade" do sistema.
"No geral, o melhor do Windows 7 é sua simplicidade. O Windows 7 simplifica os PCs. As respostas que tivemos sobre sua simplicidade são extremamente positivas. E minha mulher agora não consegue voltar ao Vista", destacou o diretor.
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